GRUPO DE TRABALHO MULHER ECONOMISTA DO CORECON-DF
Ana Carolina Rocha
Elisângela Resende
Maria Cristina de Araújo
Marianne Dias Pereira
Mônica Beraldo
Vilma Guimarães
No dia 2 de dezembro, às 17h, o Grupo de Trabalho Mulher Economista do Corecon-DF promoveu a live sobre “Os Reflexos da Pandemia no Trabalho das Mulheres: desemprego, violência e invisibilidade” (assista AQUI), participaram do debate a Dra. Carla Antloga – Dra. em psicologia social no trabalho das organizações e Coordenadora do Grupo de Estudos em Psicodinâmica do Trabalho Feminino e a Dra. Hildete Pereira – Dra. em Economia, Professora da Faculdade de Economia e do Programa de Pós-Graduação em Política Social da Universidade Federal Fluminense.
A abertura foi realizada pelo Presidente do Corecon-DF, César Bergo e a moderação do evento foi realizada pela economista membra do GT Mulher Economista, Vilma Guimarães.
A Dra. Carla Antloga destacou em sua fala a psicodinâmica do trabalho, as configurações e alterações na forma de trabalho da mulher ao longo do tempo, bem como a violência doméstica e a sobrecarga do trabalho feminino. Lembrou, também, que neste período da pandemia a saúde mental das mulheres vem sendo afetada tanto cognitiva como afetivamente e que, além de todo estresse gerado pela pandemia há o “trabalho invisível” que a mulher assume nas atividades domésticas, em conjunto com as atividades profissionais.
Destacou, ainda, estudos e reportagens que informam que os homens estão sendo mais produtivos do que as mulheres nesse período pandêmico, o que demonstra a sobrecarga das atividades que elas têm que assumir dentro dos lares priorizando, por essa razão, as atividades realizadas pelos homens, em detrimento de seus projetos pessoais e profissionais.
A Dra. Hildete Pereira, militante histórica da luta feminista, salientou que as mulheres estão no centro das respostas da pandemia, visto que a crise sanitária potencializou as desigualdades do mundo do trabalho.
A professora enfatizou que a mulher sempre esteve no papel social de auxiliadora tantos nos lares quanto nos hospitais. Na área de saúde, 63% dos trabalhadores são mulheres, um dos fatores que podem explicar porque a área de saúde é um dos setores mais mal pagos.
As doutoras enfatizaram a necessidade de as mulheres manterem acesa a chama da discussão sobre a importância do destaque do trabalho feminino que a pandemia colocou luz. Ademais, necessita-se também de políticas públicas para o enfrentamento da violência doméstica, cometida contra as mulheres, que nesse período sofreu uma imensa ascensão. Assim esperamos que a sociedade como um todo se mantenha mais sensibilizada e empática com o tema da desigualdade social e o esgotamento da mulher por, apesar de ter uma carga de trabalho doméstico “invisível”, ainda, ter que desempenhar as atividades profissionais com maestria, mas, com uma remuneração bem inferior à atribuída aos homens.
“Os conteúdos dos textos publicados, artigos e notas, além dos comentários do público, são de responsabilidade exclusiva de seus autores e signatários, não envolvendo ou refletindo posicionamentos ou opiniões do CORECON-DF.”
Ana Carolina Rocha
Economista, Administradora especialista em Gestão Estratégia de Comércio Exterior e Administração Financeira e Orçamentária.
Elisângela Resende (6978)
Economista, Fiscal da Profissão de Economista do Corecon-DF.
Maria Cristina de Araújo (1307)
Economista, pós-graduada em Auditoria de Recursos Internos e Externos e especialização em Gestão de Estratégia em Políticas Públicas. Conselheira do Corecon-DF e coordenadora do GT Mulher Economista.
Marianne Dias Pereira (7024)
Economista, pós-graduada em Finanças e Controladoria e MBA em Empreendedorismo, Marketing e Finanças. Empresária e assessora do Corecon-DF.
Mônica Beraldo (2365)
Economista do DNPM/ANM, especialização em engenharia econômica e economia mineral, Conselheira Federal do Cofecon.
Vilma Guimarães (6658)
Economista, pós-graduada em Perícias Judiciais e Práticas Atuariais. Empresária, professora e Conselheira do Corecon-DF.