Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,74% e ficou 0,03 ponto percentual acima da taxa de abril (0,71%). Com isto, o índice acumulou 5,34% neste ano, o maior resultado para o período de janeiro a maio desde 2003 (6,80%). Em igual período do ano anterior, a taxa era 3,33%. Na perspectiva dos últimos doze meses, o índice atingiu 8,47%, mais do que nos doze meses imediatamente anteriores, quando se situou em 8,17%. Em maio de 2014, o IPCA havia registrado taxa de 0,46%.
Com alta de 2,77%, a energia elétrica voltou a figurar como a maior contribuição individual, responsável por 0,11 ponto percentual (p.p.) do índice do mês. A energia constitui-se num dos principais itens na despesa das famílias, com participação de 3,89% na estrutura de pesos do IPCA. Em maio, em algumas regiões pesquisadas, o aumento nas contas ultrapassou 10%.
Nas regiões onde não ocorreu reajuste anual, a variação nos valores das contas se deve a alterações nos impostos. É o caso da região metropolitana de Vitória, onde as alíquotas do PIS/COFINS tiveram elevação de 529,25%.
Com a alta de maio e dos meses anteriores, o consumidor passou a pagar, neste ano, 41,94% a mais, em média, pelo uso da energia, enquanto nos últimos doze meses as contas estão 58,47% mais caras.
No grupo Habitação, cuja variação foi 1,22%, além do item energia elétrica, os destaques foram gás de botijão (1,31%); taxa de água e esgoto (1,23%); condomínio (0,89%), aluguel residencial (0,66%) e artigos de limpeza (0,65%).
Na taxa de água e esgoto, o resultado de 1,23% foi influenciado pela região metropolitana de Belo Horizonte, onde o aumento de 8,06% reflete parte do reajuste de 15,03% vigente a partir do dia 13 de maio. Na região do Rio de Janeiro, com variação de 0,96%, o reajuste de 4,05% foi em 22 de maio.
Nos demais grupos de produtos e serviços pesquisados, conforme mostra a tabela a seguir, foram os gastos com Alimentação e Bebidas (1,37%) os que mais subiram em maio, enquanto a menor variação ficou com os Transportes (-0,29%).
Observa-se, nos alimentos, que os preços do tomate continuaram subindo e chegaram a atingir 21,38% no mês, liderando, no grupo, a relação dos principais impactos (0,07 p.p.). Os demais destaques encontram-se na tabela a seguir.
Em Saúde e Cuidados Pessoais, a alta foi a 1,10% sob influência dos remédios, que ficaram 1,64% mais caros no mês, totalizando 5,35% no ano. O aumento é reflexo da aplicação dos reajustes de 5,00%, 6,35% ou 7,70%, conforme o nível de concentração no mercado, em vigor desde o dia 31 de março. No grupo, outros itens destacaram-se artigos de higiene pessoal (1,07%), serviços laboratoriais e hospitalares (1,04%), plano de saúde (0,77%) e serviços médicos e dentários (0,75%).
Nas Despesas Pessoais, com variação de 0,74%, a principal pressão foi exercida pelo item recreação (1,77%) tendo em vista reajustes ocorridos, a partir de 18 de maio nos valores das apostas dos jogos, cuja alta foi a 12,76%.
As roupas infantis (0,97%) apresentaram a mais elevada variação no grupo Vestuário (0,61%), enquanto o item consertos e manutenção (0,71%) sobressaiu nos Artigos de Residência (0,36%) já que os eletrodomésticos (-0,17%) ficaram mais baratos no mês. Em Educação (0,06%) e Comunicação (0,17%) não há destaques nos grupos.
O menor resultado de grupo ficou com Transportes, que foi para -0,29%. Isto ocorreu por conta da queda de 23,37% no item passagens aéreas, o que gerou contribuição de -0,10 p.p. no índice do mês, a menor.
Quanto aos índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Recife (1,51%), onde os alimentos aumentaram 2,32%, bem acima da média nacional (1,37%), além da energia elétrica (12,20%) e da gasolina (5,20%) que também pressionaram o resultado. Brasília (0,25%) apresentou o menor índice em virtude da queda de 23,72% nos preços das passagens aéreas, que com peso de 2,07% gerou impacto de -0,49 ponto percentual.
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de abril a 27 de maio de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de março a 29 de abril de 2015 (base). O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Em maio, INPC varia 0,99%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,99% em maio, acima do resultado de 0,71% de abril em 0,28 ponto percentual. Com este resultado, o acumulado no ano situou-se em 5,99%, bem acima do percentual de 3,52% registrado em
igual período de 2014. Considerando os últimos doze meses, o índice foi para 8,76%, acima da taxa de 8,34% dos doze meses anteriores. Em maio de 2014, o INPC havia sido 0,60%.
Os produtos alimentícios se apresentaram com 1,48% em maio, enquanto em abril a taxa foi de 0,96%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação de 0,78% em maio, acima da taxa de 0,60% de abril.
Dentre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Recife (1,49%), onde os alimentos aumentaram 2,36%, bem acima da média nacional (1,48%), além da energia elétrica (12,30%) e da gasolina (5,20%) que também pressionaram o resultado. O menor índice foi do Rio de Janeiro, 0,73%. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.
Região
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de abril a 27 de maio de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de março a 29 de abril de 2015 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e Brasília.
Fonte: IBGE