Faleceu na tarde desta terça-feira (02), aos 71 anos, o economista Mário Sérgio Fernandez Sallorenzo, vice-presidente do Cofecon nas gestões 2010/11 e atual presidente do Corecon-DF. Sallorenzo estava internado no Hospital Brasília. Deixa a esposa, Vera, três filhos e cinco netos, a quem o Corecon-DF presta os mais sinceros sentimentos. O sepultamento será no Campo da Esperança às 16h, e o velório a partir das 13h30, na Capela 1 do cemitério.
O presidente do Cofecon, Wellington Leonardo da Silva, expressou sua tristeza pelo acontecimento. “Um economista e ser humano extremamente digno, que prestou contribuições inestimáveis aos profissionais economistas e às entidades do Sistema Cofecon/Corecons, tendo sido, inclusive, vice-presidente do Cofecon em 2010 e 2011. Participou ativamente, nos últimos anos, do processo de fortalecimento do Conselho Federal de Economia, com suas convicções do ponto de vista social sempre de caráter progressista. Além da atuação profissional, por considerá-lo meu amigo pessoal, trata-se de uma perda irreparável”.
Waldir Pereira Gomes, presidente do Cofecon que teve Sallorenzo como vice-presidente, também comentou a perda. “O Mário Sérgio fez parte da história de um grupo que lutou para assumir novas diretrizes para o Cofecon. Na ocasião tivemos uma luta árdua para que pudessemos chegar ao plenário e posteriormente à presidência. Na vice-presidência ele tinha muita experiência, me ajudou muito nas decisões que precisei tomar como presidente, nas orientações e implementação de nova forma de gestão do Cofecon. Teve grande participação na minha gestão. Gostaria de estar em Brasília neste momento. Foi um homem muito respeitado no Sistema, uma perda muito grande para todos nós, irreparável”.
Carreira
Mário Sérgio graduou-se em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1969) e em Administração pela Universidade de Brasília (1974). Obteve o Mestrado em Ciências Econômicas pela Fundação Getúlio Vargas/RJ (1976) e o doutorado em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília (2007), onde também foi pesquisador do Grupo de Estudos sobre Sociologia Econômica. Desenvolveu sua carreira na na Secretaria da Receita Federal, no Cade, na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda e no Ministério dos Transportes.
No Sistema Cofecon/Corecons, presidiu o Corecon-DF em 1993, 2001/2002 e 2007/2008, voltando ao cargo em 2018. Foi vice-presidente do Cofecon em 2010 e 2011, sendo um dos grandes legados deste período o planejamento estratégico da autarquia federal. Foi conselheiro federal em dois períodos: 2003-2005 e 2009-2011.
Mário Sérgio Sallorenzo foi homenageado em vida pelo Corecon-DF, que deu seu nome ao auditório de propriedade do Regional, localizado num imóvel conhecido como “Espaço do Economista”, localizado no edifício Antonio Venâncio da Silva, no Setor Comercial Sul. Possuía grande preocupação com os seres humanos e costumava dizer que “com meia dúzia de equações você constrói um modelinho econômico pífio. Mas não pode se esquecer que cada uma destas equações é habitada por gente”. Tinha especial preocupação com o tema do superendividamento e as formas de sair deste quadro. Em anos mais recentes, seu interesse foi atraído para a sociologia econômica.
Um dos últimos eventos que participou foi o seminário com assessores econômicos dos presidenciáveis, organizado pelo Corecon-DF em parceria com o Cofecon e realizado no dia 25 de julho, no auditório do Memorial Darcy Ribeiro, na Universidade de Brasília (UnB). Na ocasião, afirmou que a esperança de construir um mundo melhor está nas mãos dos jovens. “Seria muito interessante que uma dia nós deixássemos de votar em pessoas para votarmos em ideias, na certeza de que essas ideias serão efetivamente defendidas por pessoas corretas, adequadas em todo o sentido”, observou.
Personalidade
Mário Sérgio gostava muito de conversar e era simpático com todos, sendo muito querido por todos os funcionários do Corecon-DF e do Cofecon. Era torcedor apaixonado do Fluminense e, nas férias, gostava de viajar para São Francisco do Sul. A cada vez que era fotografado, costumava brincar dizendo que era muito mais bonito e mais jovem do que a pessoa retratada na fotografia.