Durante a solenidade de abertura do XXVII Simpósio Nacional dos Conselhos de Economia (Since) o Cofecon realizou a entrega do XXVIII Prêmio Brasil de Economia. Neste ano, foram distribuídos 18 mil reais aos autores de trabalhos reconhecidos em quatro categorias: livro de economia, artigo técnico/científico, artigo temático e monografia de graduação.
Livro
O maior prêmio, de R$ 8 mil, coube ao ganhador da categoria Livro de Economia, Alexandre de Freitas Barbosa. Ele é o autor de “O Brasil Desenvolvimentista e a Trajetória de Rômulo Almeida: projeto, interpretação e utopia”. O livro demorou mais de 10 anos para ser elaborado, tendo seu início em 2010. “Construí e organizei uma equipe de pesquisa para tentar rastrear quem foi Rômulo Almeida e o material que conseguimos é impressionante”, contou o autor em live realizada no dia 13 de agosto.
Gustavo Henrique de Barroso Franco, autor de “Lições Amargas: Uma História Provisória da Atualidade”, ficou em segundo lugar. A terceira colocação foi do livro “A Dependência Tecnológica Brasileira”, de Adriano José Pereira e Ricardo Dathein. Eles receberam menções honrosas.
Artigo técnico
O vencedor da categoria Artigo Técnico/Científico foi o economista Benito Adelmo Salomão Neto. Seu trabalho, “Assimetrias e Causalidades entre Receitas de Despesas Públicas no Brasil: Uma Aplicação via Modelos NARDL”, analisa a condução da política fiscal no Brasil entre janeiro de 2003 e dezembro de 2018. Ele foi premiado com R$ 4 mil.
O segundo lugar coube a Carlos Augusto Grabois Gadelha, autor do trabalho “O Complexo Econômico-Industrial da Saúde 4.0: por uma Visão Integrada do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental”, e a terceira colocada foi Augusta Pelinski Raiher, com o artigo “Criminalidade e Desvantagem Socioeconômica: uma Análise Espacial ao Longo dos Municípios do Brasil”. Eles receberam menções honrosas.
Artigo temático
Neste ano a categoria Artigo Temático recebeu textos versando sobre “Estado, Economia e Democracia no Brasil”. O primeiro colocado, que recebeu um prêmio de R$ 3 mil, é o economista Luiz Carlos Thadeu Delorme Prado. Seu artigo teve como título “Um Ensaio Sobre Instituições Econômicas e Democracia em Perspectiva Histórica – O Debate Internacional e o Caso Brasileiro”, e aponta que muitas vezes a relação entre economia e democracia se manifesta de forma contraditória, e que a esta não está necessariamente relacionada ao desenvolvimento.
O economista Roberto Padovani obteve o segundo lugar, com o artigo “Crises, rupturas e reformas no Brasil”, e recebeu menção honrosa. O autor argumenta que os poderes econômico e ideológico, que formam a sociedade civil, limitam o poder do Estado e fazem com que as crises econômicas sejam acompanhadas por tensões políticas e revisões na orientação de políticas públicas.
Monografia
Diversos Conselhos Regionais de Economia entregam, anualmente, prêmios para as melhores monografias. Os trabalhos vencedores em cada Corecon (ou aqueles indicados, nos casos em que não há um concurso de monografias instituído) disputam, em nível nacional, um prêmio de R$ 3 mil para o primeiro lugar.
O vencedor foi o estudante Vicente Loeblein Heinen, da Universidade Federal de Santa Catarina, com o trabalho “Superpopulação Relativa no Brasil: Tamanho e Composição Entre 2012 e 2020”, no qual faz uma análise do desemprego e do subemprego no Brasil, apontando que em 2020 o chamado “exército de reserva” brasileiro era composto por 57 milhões de pessoas.
Giornni Paolinelli Raposo Duarte, da Universidade Federal de Minas Gerais, obteve o segundo lugar com o trabalho “O Nexo Água-Energia-Emissões na Matriz Elétrica de Minas Gerais: Impactos Econômicos e Ambientais”. A terceira colocada foi Izabelli Barreto Cardoso, da Universidade Federal Fluminense, que apresentou um trabalho contendo uma “Análise dos Impactos Ambientais na Agropecuária no Centro-Oeste Brasileiro”. Ambos receberam menções honrosas.