O economista André Roncaglia de Carvalho, diretor-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), foi agraciado com o Prêmio Personalidade Econômica do Ano 2024, concedido pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon). A cerimônia de entrega da honraria ocorreu nesta quinta-feira (03), às 16h, na sede do Cofecon, em Brasília.
A entrega da premiação contou com a presença da presidente do Corecon-DF, Luciana Acioly, e do conselheiro do Corecon-DF e professor da Universidade do Distrito Federal (UnDF), José Luiz Pagnussat. A homenagem foi conduzida pela presidenta do Cofecon, Tania Cristina Teixeira, que destacou a relevância da trajetória acadêmica e profissional de Roncaglia para o pensamento econômico nacional.
Com uma carreira marcada pelo rigor analítico e pelo engajamento com os grandes temas do desenvolvimento brasileiro, André Roncaglia vem se consolidando como uma das principais vozes do campo heterodoxo da economia no país. Suas contribuições abrangem áreas como macroeconomia, economia política e políticas públicas, com foco em temas como industrialização, distribuição de renda e o papel do Estado na economia.
Graduado e mestre em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e doutor pela Universidade de São Paulo (USP), Roncaglia lecionou em instituições como a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), USP e Universidade de Brasília (UnB). É autor de diversas obras, como Poder e Desigualdade (com Cesar Calejon), Bidenomics nos Trópicos (com Nelson Barbosa) e Brasil: Uma Economia que Não Aprende (com Paulo Gala). Em 2024, assumiu o posto de diretor-executivo do FMI, representando o Brasil e outros países no organismo multilateral.
Reconhecimento de trajetória
Criado em 2004, o Prêmio Personalidade Econômica do Ano reconhece economistas que se destacam por sua atuação acadêmica, técnica ou institucional, e que contribuam significativamente para o avanço da ciência econômica no Brasil. Entre os nomes já premiados estão Maria da Conceição Tavares (2010), Paulo Nogueira Batista Jr. (2012), Otaviano Canuto (2014), Eduardo Giannetti da Fonseca (2015) e Gabriel Galípolo (2023).
A escolha dos homenageados é realizada por meio de processo participativo que envolve os Conselhos Regionais de Economia e os conselheiros federais. Após a submissão de nomes, uma lista é formada e submetida ao plenário do Cofecon, que realiza a eleição final com base em critérios de mérito e contribuição à profissão.
Apesar das demais premiações do Cofecon de 2024 terem sido entregues em fevereiro, a entrega do prêmio a Roncaglia foi adiada em razão de compromissos internacionais. A presença do economista em Brasília nesta semana viabilizou a realização da cerimônia, marcada por um clima de reconhecimento e valorização do pensamento crítico e do compromisso com o desenvolvimento nacional.